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Tema: Constelação familiar

A Diferenciação das Consciências e a Constelação Familiar


Há 3 diferentes consciências, cada uma das quais constitui um campo espiritual.

A primeira delas, a consciência pessoal, é estreita e tem o seu alcance limitado. Através de sua diferenciação entre o bem e o mal reconhece o pertencer só de alguns e exclui outros.

A segunda, a consciência coletiva, é mais ampla. Também defende os interesses dos que foram excluídos pela consciência pessoal. Por isso, está freqüentemente em conflito com a consciência pessoal. Contudo, essa consciência também tem um limite porque abrange somente os membros dos grupos que dependem dela.

A terceira, a consciência espiritual, supera os limites das outras consciências que colocam limites através da diferenciação entre bom e mau e da diferenciação entre pertencimento e exclusão.

A Consciência Pessoal

O vínculo

Vivenciamos essa consciência estreita como boa e má consciência. Sentimo-nos bem quando temos boa consciência e mal quando temos má consciência. O que acontece quando temos uma boa consciência e o que acontece quando temos uma má consciência? O que precede à boa e à má consciência para que sintamos uma boa ou uma má consciência?

Se observarmos exatamente, quando temos uma boa consciência e quando temos uma má consciência, podemos perceber que ficamos com má consciência quando pensamos, sentimos e fazemos algo que não está em sintonia com as expectativas e as exigências das pessoas e grupos aos quais queremos pertencer e que freqüentemente também precisamos pertencer.

Isso significa que nossa consciência vela para que fiquemos conectados com essas pessoas e grupos. Percebe, de imediato, se nossos pensamentos, desejos e ações colocam em perigo nossa ligação e nosso pertencer a essas pessoas e grupos. Quando a nossa consciência percebe que nos afastamos dessas pessoas e grupos através de nossos pensamentos, sentimentos e ações, ela reage com o sentimento de medo de perdermos nossa ligação com essas pessoas e grupos. Sentimos esse medo como má consciência.

Inversamente, quando pensamos, desejamos e agimos de uma forma que nos movimentamos em sintonia com as expectativas e exigências dessas pessoas e grupos, sentimo-nos pertencentes e temos a certeza de podermos pertencer. O sentimento de termos assegurado o nosso pertencer, sentimos como benéfico e bom. Não precisamos ficar preocupados de sermos cortados, de repente, por essas pessoas e grupos e nos experimentarmos sós e sem proteção. Sentimos como boa consciência, o sentimento seguro de podermos pertencer.

A consciência pessoal nos liga, portanto, a pessoas e grupos que são importantes para o nosso bem-estar e nossa vida. Contudo, porque essa consciência nos liga somente a determinadas pessoas e grupos e, simultaneamente, exclui outros, é uma consciência estreita.

Essa consciência nos foi de suma importância quando crianças. As crianças fazem de tudo para poderem pertencer, pois sem essa ligação e sem esse direito de pertencer estariam perdidas. A consciência pessoal assegura nossa sobrevivência junto às pessoas e grupos que são importantes para a mesma.. Por isso, a sua importância só pode ser altamente apreciada. Vemos também a importância que a consciência pessoal ocupa na nossa sociedade e cultura.

Bom e mau Neste contexto podemos observar que as diferenciações que fazemos entre bom e mau são diferenciações dessa consciência. Elas estabelecem em que medida algo assegura o nosso pertencer e em que medida isso o coloca em perigo.

O que assegura o nosso pertencer, vivenciamos como bom. Vivenciamos isso como bom através da boa consciência sem que precisemos refletir muito se é realmente bom quando observado mais exatamente a uma certa distância, ou se isso pode ser até ruim para outros. Aqui o denominado bom é somente sentido, é sentido como algo bom.

Portanto, sentimos e defendemos o bom, de modo irrefletido, como bom, mesmo que para um observador que está fora desse campo espiritual pareça ser algo estranho que coloca mais em perigo a vida de muitos do que a serviço. Evidentemente que o mesmo é válido para o mau.

Contudo, sentimos o mau mais fortemente do que o bom, porque está ligado ao medo de que percamos o pertencer e, ao mesmo tempo, também nosso direito de viver. A diferenciação do bom e do mau serve, portanto, à sobrevivência dentro do próprio grupo. Serve à sobrevivência do indivíduo no seu grupo.

A Consciência Coletiva

Atrás da consciência que sentimos ainda atua uma outra consciência. É uma consciência poderosa muito mais forte no seu efeito do que a consciência pessoal. Entretanto, em nossos sentimentos nos é relativamente inconsciente. Por que? Porque nos nossos sentimentos a consciência pessoal tem precedência em relação a essa consciência.

A consciência coletiva é uma consciência grupal. Enquanto que a consciência pessoal é sentida por cada indivíduo e está a serviço do seu pertencer e da sua sobrevivência pessoal, a consciência coletiva tem em seu campo de visão a família e o grupo como um todo. Está a serviço da sobrevivência do grupo inteiro, mesmo que para isso alguns precisem ser sacrificados. Está a serviço da totalidade desse grupo e das ordens que asseguram a sua sobrevivência da melhor forma possível. Quando o interesse de cada indivíduo se contrapõe ao interesse de seu grupo, a consciência pessoal também se contrapõe à consciência coletiva.

A totalidade

A consciência coletiva está a serviço de que ordens, e como as impõe?

A primeira ordem, a qual essa consciência serve, é: todo membro de uma família tem o mesmo direito de pertencer. Se um membro for excluído, não importam quais sejam os motivos, mais tarde, um outro membro precisa representar a pessoa excluída.

A consciência coletiva se mostra, comparada à consciência pessoal como imoral ou amoral. Isso significa que não diferencia entre bom e mau nem entre culpado e inocente. Por outro lado, protege todos da mesma forma. Quer proteger o seu direito de pertencer ou restabelecê-lo se isso lhe for negado.

O que acontece quando esse direito é negado a um membro familiar? De certa forma, ele é reconduzido ao grupo por essa consciência, na medida em que outro membro dentro da família precisa representá-lo, sem que esteja consciente disso.

Como essa volta se mostra? Um outro membro familiar assume o destino da pessoa excluída, representando-a. Ele pensa como essa pessoa excluída, tem sentimentos semelhantes, vive de forma semelhante, fica doente de forma semelhante, até mesmo morre de forma semelhante. Esse membro familiar está, dessa forma, a serviço da pessoa excluída e representa os seus direitos. É apossada, por assim dizer, pela pessoa excluída, entretanto, sem se perder a si mesmo. Quando a pessoa excluída recupera o seu lugar, esse membro familiar se libera dessa pessoa.

Não é que a pessoa excluída queira que seja representada dessa forma, embora isso também aconteça algumas vezes, se ela deseja algo de mau para alguém da família. Em primeira instância, é essa consciência que atua e deseja a representação e o emaranhamento. Ela quer restabelecer a totalidade do grupo. O instinto Aqui, existe o perigo que nós imaginemos essa consciência como uma pessoa, como se ela tivesse metas pessoais e as seguisse após reflexões profundas. Essa consciência atua como um instinto. Um instinto grupal que quer somente uma coisa: salvar e restabelecer a totalidade. Por isso é cego na escolha de seus meios.

O pertencimento para além da morte

Podemos reconhecer as pessoas que são influenciadas e impulsionadas por essa consciência, quando são atraídas ou não para representar membros familiares excluídos. Nesse sentido, precisamos considerar que ninguém perde o seu direito de pertencer através de sua morte. Isso significa que os membros familiares mortos da família são tratados por essa consciência da mesma forma que os vivos.

Ninguém é separado de sua família através de sua morte. Ela abrange igualmente seus membros familiares vivos e mortos. Essa consciência também trazer de volta os membros mortos para a família, se foram excluídos, sim; principalmente estes. Portanto, isso significa que alguém, com efeito, perde a sua vida através de sua morte, contudo nunca o seu pertencimento.

Quem pertence? Agora está na hora de eu enumerar quem pertence à família que é abrangida e conduzida por uma consciência coletiva comum. Vou começar com os que nos estão mais próximos. Aos membros familiares que estão sujeitos a essa consciência, pertencem:

1. Os filhos. Portanto, nós e nossos irmãos e irmãs. Aos nossos irmãos pertencem também os natimortos, também os irmãos que foram abortados e freqüentemente também os abortos espontâneos. Justamente aqui existe freqüentemente a idéia de que podemos excluí-los. Também fazem parte os filhos que foram ocultos e dados. Para a consciência coletiva todos eles fazem parte completamente, são lembrados por ela e trazidos de volta à família. Eles são trazidos de volta cegamente, sem levar em consideração justificativas e desejos.

2. No nível superior aos filhos fazem parte seus pais e seus irmãos biológicos. Aqui também todos seus irmãos e irmãs, como eu já enumerei antes para os filhos. Também os parceiros anteriores dos pais fazem parte. Se são rejeitados ou excluídos, mesmo que estejam mortos, serão representados por um dos filhos, até que sejam lembrados e reconduzidos à família com amor. Só o amor libera Agora gostaria de interromper a enumeração e falar como os excluídos podem ser trazidos de volta. Só o amor é capaz disso. Que amor? O amor preenchido. Ele é sentido como dedicação ao outro, como ele é. Ele é também sentido como luto pela perda. É sentido especialmente como dor por aquilo que porventura fizemos de mal para o outro.

Sentimos também se esse amor alcança o outro, se o reconcilia, se o deixa em paz, se ele assume o seu lugar, permanecendo nele. Então essa consciência coletiva também encontra a paz. Aqui nós vemos que essa consciência está a serviço do amor, a serviço do mesmo amor por todos que fazem parte dessa família.

Há 3 diferentes consciências, cada uma das quais constitui um campo espiritual.

A primeira delas, a consciência pessoal, é estreita e tem o seu alcance limitado. Através de sua diferenciação entre o bem e o mal reconhece o pertencer só de alguns e exclui outros.

A segunda, a consciência coletiva, é mais ampla. Também defende os interesses dos que foram excluídos pela consciência pessoal. Por isso, está freqüentemente em conflito com a consciência pessoal. Contudo, essa consciência também tem um limite porque abrange somente os membros dos grupos que dependem dela.

A terceira, a consciência espiritual, supera os limites das outras consciências que colocam limites através da diferenciação entre bom e mau e da diferenciação entre pertencimento e exclusão.

A Consciência Pessoal

O vínculo

Vivenciamos essa consciência estreita como boa e má consciência. Sentimo-nos bem quando temos boa consciência e mal quando temos má consciência. O que acontece quando temos uma boa consciência e o que acontece quando temos uma má consciência? O que precede à boa e à má consciência para que sintamos uma boa ou uma má consciência?

Se observarmos exatamente, quando temos uma boa consciência e quando temos uma má consciência, podemos perceber que ficamos com má consciência quando pensamos, sentimos e fazemos algo que não está em sintonia com as expectativas e as exigências das pessoas e grupos aos quais queremos pertencer e que freqüentemente também precisamos pertencer.

Isso significa que nossa consciência vela para que fiquemos conectados com essas pessoas e grupos. Percebe, de imediato, se nossos pensamentos, desejos e ações colocam em perigo nossa ligação e nosso pertencer a essas pessoas e grupos. Quando a nossa consciência percebe que nos afastamos dessas pessoas e grupos através de nossos pensamentos, sentimentos e ações, ela reage com o sentimento de medo de perdermos nossa ligação com essas pessoas e grupos. Sentimos esse medo como má consciência.

Inversamente, quando pensamos, desejamos e agimos de uma forma que nos movimentamos em sintonia com as expectativas e exigências dessas pessoas e grupos, sentimo-nos pertencentes e temos a certeza de podermos pertencer. O sentimento de termos assegurado o nosso pertencer, sentimos como benéfico e bom. Não precisamos ficar preocupados de sermos cortados, de repente, por essas pessoas e grupos e nos experimentarmos sós e sem proteção. Sentimos como boa consciência, o sentimento seguro de podermos pertencer.

A consciência pessoal nos liga, portanto, a pessoas e grupos que são importantes para o nosso bem-estar e nossa vida. Contudo, porque essa consciência nos liga somente a determinadas pessoas e grupos e, simultaneamente, exclui outros, é uma consciência estreita.

Essa consciência nos foi de suma importância quando crianças. As crianças fazem de tudo para poderem pertencer, pois sem essa ligação e sem esse direito de pertencer estariam perdidas. A consciência pessoal assegura nossa sobrevivência junto às pessoas e grupos que são importantes para a mesma.. Por isso, a sua importância só pode ser altamente apreciada. Vemos também a importância que a consciência pessoal ocupa na nossa sociedade e cultura.

Bom e mau Neste contexto podemos observar que as diferenciações que fazemos entre bom e mau são diferenciações dessa consciência. Elas estabelecem em que medida algo assegura o nosso pertencer e em que medida isso o coloca em perigo.

O que assegura o nosso pertencer, vivenciamos como bom. Vivenciamos isso como bom através da boa consciência sem que precisemos refletir muito se é realmente bom quando observado mais exatamente a uma certa distância, ou se isso pode ser até ruim para outros. Aqui o denominado bom é somente sentido, é sentido como algo bom.

Portanto, sentimos e defendemos o bom, de modo irrefletido, como bom, mesmo que para um observador que está fora desse campo espiritual pareça ser algo estranho que coloca mais em perigo a vida de muitos do que a serviço. Evidentemente que o mesmo é válido para o mau.

Contudo, sentimos o mau mais fortemente do que o bom, porque está ligado ao medo de que percamos o pertencer e, ao mesmo tempo, também nosso direito de viver. A diferenciação do bom e do mau serve, portanto, à sobrevivência dentro do próprio grupo. Serve à sobrevivência do indivíduo no seu grupo.

A Consciência Coletiva

Atrás da consciência que sentimos ainda atua uma outra consciência. É uma consciência poderosa muito mais forte no seu efeito do que a consciência pessoal. Entretanto, em nossos sentimentos nos é relativamente inconsciente. Por que? Porque nos nossos sentimentos a consciência pessoal tem precedência em relação a essa consciência.

A consciência coletiva é uma consciência grupal. Enquanto que a consciência pessoal é sentida por cada indivíduo e está a serviço do seu pertencer e da sua sobrevivência pessoal, a consciência coletiva tem em seu campo de visão a família e o grupo como um todo. Está a serviço da sobrevivência do grupo inteiro, mesmo que para isso alguns precisem ser sacrificados. Está a serviço da totalidade desse grupo e das ordens que asseguram a sua sobrevivência da melhor forma possível. Quando o interesse de cada indivíduo se contrapõe ao interesse de seu grupo, a consciência pessoal também se contrapõe à consciência coletiva.

A totalidade

A consciência coletiva está a serviço de que ordens, e como as impõe?

A primeira ordem, a qual essa consciência serve, é: todo membro de uma família tem o mesmo direito de pertencer. Se um membro for excluído, não importam quais sejam os motivos, mais tarde, um outro membro precisa representar a pessoa excluída.

A consciência coletiva se mostra, comparada à consciência pessoal como imoral ou amoral. Isso significa que não diferencia entre bom e mau nem entre culpado e inocente. Por outro lado, protege todos da mesma forma. Quer proteger o seu direito de pertencer ou restabelecê-lo se isso lhe for negado.

O que acontece quando esse direito é negado a um membro familiar? De certa forma, ele é reconduzido ao grupo por essa consciência, na medida em que outro membro dentro da família precisa representá-lo, sem que esteja consciente disso.

Como essa volta se mostra? Um outro membro familiar assume o destino da pessoa excluída, representando-a. Ele pensa como essa pessoa excluída, tem sentimentos semelhantes, vive de forma semelhante, fica doente de forma semelhante, até mesmo morre de forma semelhante. Esse membro familiar está, dessa forma, a serviço da pessoa excluída e representa os seus direitos. É apossada, por assim dizer, pela pessoa excluída, entretanto, sem se perder a si mesmo. Quando a pessoa excluída recupera o seu lugar, esse membro familiar se libera dessa pessoa.

Não é que a pessoa excluída queira que seja representada dessa forma, embora isso também aconteça algumas vezes, se ela deseja algo de mau para alguém da família. Em primeira instância, é essa consciência que atua e deseja a representação e o emaranhamento. Ela quer restabelecer a totalidade do grupo. O instinto Aqui, existe o perigo que nós imaginemos essa consciência como uma pessoa, como se ela tivesse metas pessoais e as seguisse após reflexões profundas. Essa consciência atua como um instinto. Um instinto grupal que quer somente uma coisa: salvar e restabelecer a totalidade. Por isso é cego na escolha de seus meios.

O pertencimento para além da morte

Podemos reconhecer as pessoas que são influenciadas e impulsionadas por essa consciência, quando são atraídas ou não para representar membros familiares excluídos. Nesse sentido, precisamos considerar que ninguém perde o seu direito de pertencer através de sua morte. Isso significa que os membros familiares mortos da família são tratados por essa consciência da mesma forma que os vivos.

Ninguém é separado de sua família através de sua morte. Ela abrange igualmente seus membros familiares vivos e mortos. Essa consciência também trazer de volta os membros mortos para a família, se foram excluídos, sim; principalmente estes. Portanto, isso significa que alguém, com efeito, perde a sua vida através de sua morte, contudo nunca o seu pertencimento.

Quem pertence? Agora está na hora de eu enumerar quem pertence à família que é abrangida e conduzida por uma consciência coletiva comum. Vou começar com os que nos estão mais próximos: Aos membros familiares que estão sujeitos a essa consciência, pertencem:

1. Os filhos. Portanto, nós e nossos irmãos e irmãs. Aos nossos irmãos pertencem também os natimortos, também os irmãos que foram abortados e freqüentemente também os abortos espontâneos. Justamente aqui existe freqüentemente a idéia de que podemos excluí-los. Também fazem parte os filhos que foram ocultos e dados. Para a consciência coletiva todos eles fazem parte completamente, são lembrados por ela e trazidos de volta à família. Eles são trazidos de volta cegamente, sem levar em consideração justificativas e desejos.

2. No nível superior aos filhos fazem parte seus pais e seus irmãos biológicos. Aqui também todos seus irmãos e irmãs, como eu já enumerei antes para os filhos. Também os parceiros anteriores dos pais fazem parte. Se são rejeitados ou excluídos, mesmo que estejam mortos, serão representados por um dos filhos, até que sejam lembrados e reconduzidos à família com amor. Só o amor libera Agora gostaria de interromper a enumeração e falar como os excluídos podem ser trazidos de volta. Só o amor é capaz disso. Que amor? O amor preenchido. Ele é sentido como dedicação ao outro, como ele é. Ele é também sentido como luto pela perda. É sentido especialmente como dor por aquilo que porventura fizemos de mal para o outro.

Sentimos também se esse amor alcança o outro, se o reconcilia, se o deixa em paz, se ele assume o seu lugar, permanecendo nele. Então essa consciência coletiva também encontra a paz. Aqui nós vemos que essa consciência está a serviço do amor, a serviço do mesmo amor por todos que fazem parte dessa família.

Quem pertence ainda à família? Agora vou continuar com a enumeração de quem pertence à família, porque eles também são abrangidos e protegidos por essa consciência.

3. No próximo nível superior fazem parte os avós, mas sem seus irmãos, a não ser que eles tenham tido um destino especial. Os parceiros anteriores dos avós também fazem parte.

4. Também fazem parte um ou outro dos bisavós, mas isso é raro. Até agora enumerei sobretudo os parentes consangüíneos, e ainda os parceiros anteriores dos pais e dos avós.

5. Além disso, também faz parte de nossa família aqueles que através de sua morte ou destino, a família teve uma vantagem. Por exemplo, através de uma herança considerável. Também fazem parte aqueles que a custa de sua saúde e vida a família enriqueceu.

6. Nesse contexto fazem parte de nossa família também aqueles que foram vítimas de atos violentos através de membros de nossa família, especialmente aqueles que foram assassinados. A família precisa olhar também para eles, com amor e dor.

7. Por último, algo que para alguns pode ser um desafio. Se membros de nossa família foram vítimas de crimes, principalmente se perderam a vida, os assassinos também fazem parte de nossa família. Se foram excluídos ou rejeitados, serão também representados por membros familiares sob a pressão da consciência coletiva.

Talvez possa aqui chamar a atenção de que tantos os assassinos se sentem atraídos para suas vítimas como também as vítimas para seus assassinos. Ambos se sentem totalmente inteiros quando se encontram. A consciência coletiva também não faz diferenciações aqui.

O equilíbrio

Antes de continuar quero dizer algo sobre o equilíbrio nessas duas consciências. A necessidade do equilíbrio entre o dar e o tomar e entre o lucro e a perda é também um movimento da consciência.

A consciência pessoal que sentimos como boa e má consciência e como culpa e inocência, vela sobre o equilíbrio com sentimentos semelhantes, portanto também com sentimentos de culpa e inocência e com o sentimento de uma boa e má consciência. Só que aqui sentimos a culpa e a inocência de um forma diferente. A culpa aqui é sentida como dever, quando eu recebo algo ou tomei algo, sem devolver com algo equivalente. A inocência aqui é sentida como estar livre de um dever. Temos esse sentimento de liberdade quando tomamos e também damos, de uma forma que o dar e o tomar esteja equilibrado.

Aqui devo ainda acrescentar que podemos alcançar o equilíbrio também de uma outra forma. Ao invés de devolver com algo equivalente, como não podemos algumas vezes, por exemplo perante nossos pais, podemos também passar adiante algo equivalente. Por exemplo aos nossos filhos.

A expiação

Nós equiparamos através do sofrimento. Isso também é um movimento da consciência. Se causamos sofrimento a alguém, também queremos sofrer para equilibrar e depois do sofrimento temos novamente uma boa consciência. Essa forma de equilíbrio conhecemos como expiação. Entretanto, devemos observar aqui que é uma auto-necessidade, porque ela não pode realmente dar algo para o outro, e com isso, equilibrando. Contudo, através dessa expiação o outro freqüentemente não se sente mais sozinho em seu sofrimento. Esse maneira de equilibrar tem pouco ou nada a ver com o amor. É antes de mais nada, instintivo e cego.

A vingança

Temos a necessidade do equilíbrio quando alguém nos fez algo de mau. Então queremos também fazer algo de mau a ele. Aqui a necessidade de equilíbrio se transforma em uma necessidade de vingança. Entretanto, a vingança equilibra apenas no momento, porque ela desperta em todos os envolvidos outras necessidades de vingança, prejudicando-os no final.

A cura Também na consciência coletiva existe o movimento de equilíbrio, contudo, está amplamente oculta de nossa consciência. Quem precisa representar um excluído, não sabe que está equilibrando. O equilíbrio é aqui o movimento de um todo superior que equipara impessoalmente porque aqueles que são atraídos para equilibrar são inocentes, no sentido da consciência pessoal. Podemos comparar essa forma de equilíbrio a um processo de cura. Aqui também algo que foi ferido é restabelecido sob a influência de poderes superiores. A consciência coletiva quer re-introduzir algo que foi perdido e dessa forma trazer novamente a ordem em tudo e curar.

A hierarquia

Volto a falar das ordens da consciência coletiva e direi algo sobre a segunda ordem, que está a serviço da consciência e que tenta restaurá-la, quando foi ferida. Essa ordem exprime que cada indivíduo de um grupo deve e precisa assumir o lugar que lhe pertence de acordo com a sua idade. Isso significa que aqueles que vieram antes, têm precedência em relação aos que vieram mais tarde. Por isso, os pais têm precedência em relação aos filhos, e o primeiro filho tem precedência em relação ao segundo.

Portanto, cada um tem o seu próprio lugar que pertence somente a ele. No decorrer do tempo ele se desloca dentro da hierarquia de baixo para cima, até que cria sua própria família e nela assume imediatamente com seu parceiro o primeiro lugar. Aqui se impõe uma outra ordem de hierarquia, uma hierarquia entre as famílias, por exemplo, entre a família de origem e a própria família nova. Aqui a nova família tem primazia perante a antiga.

Esta ordem também é válida se um dos pais inicia, durante o casamento, um relacionamento com um outro parceiro, do qual nasce uma criança. Com isso ele cria uma nova família que tem prioridade em relação à primeira. A família posterior não anula o vínculo com a anterior, assim como a família nova não anula o vínculo com a família de origem. Contudo, ela tem prioridade em relação à anterior.

A violação da hierarquia e suas conseqüências

A hierarquia é violada quando alguém que veio mais tarde quer assumir uma posição superior a daquela que lhe cabe de acordo com a ordem hierárquica. Essa violação da ordem hierárquica é, na verdade, como se sabe, um orgulho que precede a queda.

As violações mais freqüentes da hierarquia observamos nas crianças. Em primeiro lugar quando se elevam acima de seus pais. Por exemplo, quando se sentem melhores que os seus pais e se comportam de forma correspondente. Isso é uma violação da hierarquia sem amor.

Essa hierarquia é principalmente violada quando a criança quer assumir algo pelos pais. Por exemplo, quando ficam doentes no lugar deles e querem morrer. Aqui a hierarquia é violada com amor. Entretanto, esse amor não protege a criança das conseqüências da transgressão da ordem.

O que existe de trágico nisso é que a criança transgride a ordem de boa consciência. Isso significa, sob a influência da consciência pessoal a criança se sente especialmente inocente e boa, através dessa transgressão. Isso também significa que com isso também se sente pertencente de uma forma especial.

Portanto, aqui essas duas consciências se opõem. A hierarquia, que impõe e protege a consciência coletiva, é violada em sintonia com a consciência pessoal. Nesse sentido ela é conscienciosa. Aqui a consciência pessoal impele alguém a transgredir essa ordem e sofrer as conseqüências dessa transgressão.

Quais são as conseqüências dessa transgressão?

A primeira conseqüência é o fracasso. A pessoa que se eleva em relação aos pais, seja sem amor ou com amor, fracassa. Isso é válido não tão somente dentro da família, mas também em outros grupos, por exemplo, em organizações. Muitas organizações fracassam através de conflitos internos, nos quais uma pessoa que é admitida depois ou um departamento que é criado posteriormente se eleva, dentro da hierarquia, em relação a um anterior que tem precedência.

Na verdade, o fracasso, como conseqüência da violação da hierarquia é a morte. O herói trágico quer assumir algo por aqueles que lhe precedem. Contudo, ele não apenas fracassa, ele morre.

Vemos algo semelhante com as crianças, que carregam e querem assumir algo pelos pais. Elas lhes dizem internamente: “Melhor eu do que você.” O que realmente está contido nisso? Significa, por fim: “Eu morro no seu lugar.” A hierarquia é a ordem da paz. Ela está a serviço da paz na família e no grupo. Ela está, no final, a serviço do amor e da vida.

O alcance

Até que ponto a consciência coletiva alcança? Somente os mortos que conhecemos pertencem? Ou essa consciência quer trazer de volta também os excluídos de muitas gerações anteriores? Talvez até nós, como éramos em uma vida anterior? Talvez até esteja a serviço de um movimento cósmico para o qual nada pode ficar perdido, nada que tenha existido? Nós também violamos essa hierarquia através de nossa crença de progresso como se nós fôssemos melhores do que nossos antepassados? Como se fôssemos superiores a eles?

O que acontece conosco se nos colocarmos internamente no nosso lugar adequado, humildemente no último lugar?

Se nós incluirmos no nosso presente todos aqueles que foram excluídos, não importam quais os motivos e aqueles que precisaram morrer antes de ter cumprido o seu tempo total, com aquilo que ainda lhes falta, então não estaremos também completos com eles?

A Consciência Espiritual

A consciência espiritual reage a que? Ela responde a um movimento do espírito, aquele espírito que movimenta tudo, se movimenta e que movimenta tudo de uma forma criativa. Tudo está submetido a esse movimento, não importando se isso seja ou não o nosso desejo, não importando se nos submetemos ou resistimos a ele.

A pergunta é apenas, se nós nos percebemos em sintonia com esse movimento, se nós nos submetemos a ele de boa vontade e permanecemos em sintonia com ele, de maneira sábia. Quer dizer, se nós somente nos movimentamos, pensamos, sentimos e agimos até o ponto em que percebemos que estamos sendo conduzidos, levados e movimentados por ele.

  • O que acontece conosco quando sabemos estar em sintonia com esse movimento?
  • O que acontece conosco quando talvez o nosso desejo seja o de nos afastarmos desse movimento porque a sua reivindicação nos pareça ser grande demais, nos provocando medo?

    Experimentamos aqui, em relação à consciência espiritual, aquilo que podemos comparar com a consciência pessoal.

    Se experimentarmos estar em sintonia com os movimentos do espírito, nos sentimos bem. Sobretudo, nós nos sentimos calmos e sem preocupações. Sabemos do nosso próximo passo e temos a força de dá-lo. Isso seria, por assim dizer, a boa consciência espiritual.

    Como em relação à consciência pessoal aqui também sabemos imediatamente se estamos em sintonia. Contudo, esse conhecimento aqui é espiritual. A boa consciência é a entrega sábia a um movimento espiritual.

    O que é, sobretudo, esse movimento espiritual? É um movimento de dedicação a tudo, assim como é, que está de acordo com a dedicação do espírito a tudo, assim como é.

    Como é que experimentamos então uma má consciência espiritual, aqui novamente de modo análogo ao sentimento de culpa da consciência pessoal? Como sentimos a má consciência espiritual? Nós a sentimos como inquietação, como bloqueio espiritual. Nós não nos conhecemos mais, não sabemos o que podemos fazer e nos sentimos sem força.

    Quando é que temos sobretudo uma má consciência espiritual? Quando nos desviamos do amor espiritual. Por exemplo, quando excluímos alguém de nossa dedicação e de nossa benevolência. Nesse momento, perdemos a sintonia com o movimento do espírito. Estamos entregues a nós mesmos e temos uma má consciência. Contudo, como na consciência pessoal, a má consciência também está aqui a serviço da boa consciência. Ela nos reconduz através de seu efeito para a sintonia com os movimentos do espírito, até que fiquemos novamente calmos e nos tornemos um com o seu movimento de dedicação e amor por todos e por tudo, assim como é.

    As Diferentes Consciências e as Constelações Familiares

    Quando alguém quer entender e solucionar um problema pessoal com a ajuda das constelações familiares, um problema de relacionamento com um parceiro ou na família com uma criança, reconhecemos imediatamente, qual é a consciência que esse problema provoca e conserva, e o que esses problemas exigem de cada indivíduo e de sua família para uma solução.

    Aqui precisamos ver as diferentes consciências unidas umas às outras no sentido de que todas estão a serviço de nossas relações. Elas são erigidas umas sobre as outras e se complementam, de forma que precisamos ver um problema e a sua solução relacionadas a várias consciências e por último, a todas. Por exemplo, se alguém pede a nossa ajuda, podemos reconhecer imediatamente, quais as consciências que estão envolvidas no seu problema e de que forma, e quais as soluções que estão disponíveis.

    Inversamente, se um ajudante tem um problema com um cliente, ele pode se perguntar, quais as consciências relativas a ele que estão envolvidas nesse problema e o que elas também lhe oferecem como solução.

    A consciência espiritual

    Em primeiro lugar, observo aqui as Constelações Familiares partindo do fim do caminho percorrido por elas, portanto, do ponto de vista da consciência espiritual. Em retrospectiva ao caminho percorrido até agora, reconhecemos de forma mais clara o significado das outras duas consciências. Reconhecemos também onde é que chegam aos seus limites. A consciência espiritual nos conduz para além desses limites.

    A diferenciação das consciências

    O que distingue, sobretudo, as diferentes consciências, e o que lhes impõe limites? É o alcance de seu amor.

    A consciência pessoal está a serviço do vínculo a um grupo limitado, exclui outros que não pertencem a esse grupo. Não une somente, também separa. Não ama somente, também rejeita.

    A consciência coletiva vai para além da consciência pessoal, pois também ama aqueles que foram rejeitados e excluídos dentro da família e dentro de grupos similares pela consciência pessoal. A consciência coletiva quer também trazer de volta os excluídos, para que possam fazer parte novamente. Por isso, o seu amor vai além. Não exclui ninguém. Contudo, em seu campo de visão não tem tanto o bem-estar de cada um. Senão, não poderia obrigar um inocente que não estava envolvido na exclusão, a representar um excluído, embora com isso lhe imponha algo pesado. Aqui se mostra que essa consciência não é pessoal, mas coletiva, que deseja principalmente a totalidade e a ordem em um grupo.

    Os movimentos do espírito, ao contrário, se dedicam igualmente a todos. Quem entra em sintonia com os movimentos do espírito não pode fazer de outra forma a não ser se dedicar igualmente a todos com benevolência e amor, não importando qual seja o seu destino. Este amor não conhece fronteiras. Supera as diferenciações entre o melhor ou o pior e entre o bom e o mau. Por isso, supera os limites da consciência pessoal e os limites da consciência coletiva. Está dedicado de forma igual a cada um e a todos em sua família e nos outros grupos dos quais faz parte.

    A consciência espiritual vela sobre este amor. Entra em jogo, quando nós nos desviamos dela.

    As Constelações Familiares Espirituais

    O que isso significa para as constelações familiares? Como esse amor se mostra nas constelações familiares?

    Em primeiro lugar, chamo a atenção para o fato de que os movimentos do espírito nas constelações familiares se manifestam de uma forma expressiva. Eles são vivenciados e se tornam visíveis através dos representantes, igualmente para aqueles que observam esses movimentos. Isso significa que os movimentos do espírito são percebidos, em primeiro lugar pelos representantes e através deles também por aqueles que observam esses movimentos e talvez eles mesmos sejam atraídos e apanhados por eles.

    Por isso, o procedimento das constelações familiares espirituais é um outro, diferente daquele que muitas pessoas associam a elas. Aqui não se coloca mais a família de forma que alguém escolhe de um grupo, representantes para os diversos membros da sua família e depois os coloca num espaço uns em relação aos outros. Aqui se coloca somente uma pessoa, por exemplo, o cliente ou um representante para ele, e talvez ainda uma segunda pessoa, por exemplo, seu parceiro. Contudo, não que este seja colocado no sentido habitual em relação ao outro. Ele também é apenas colocado, por exemplo, a uma certa distância em sua frente.

    Aqui não existem regras e intenções. O cliente ou seu representante e as outras pessoas adicionais são apenas colocadas. De repente, são apanhados por um movimento sem que possam conduzi-lo. Esse movimento vem de fora, embora também seja vivenciado como se viesse de dentro. Isso significa que essas pessoas vivenciam estar em sintonia com um movimento que coloca algo em movimento através delas. Entretanto, isso acontece somente se ficarem concentrados, sem intenções próprias e sem medo daquilo que talvez se mostre.

    Tão logo entrem em jogo as próprias intenções, por exemplo, a intenção de ajudar alguém ou o medo daquilo que possa vir à luz e para onde isso talvez vá conduzir, a ligação com os movimentos do espírito se perde. Também o centramento dos observadores se perde. Por exemplo, ficam inquietos.

    Após um certo tempo, através dos movimentos dos representantes mostra-se se é necessário ainda acrescentar uma outra pessoa. Por exemplo, quando um deles olha para o chão, isso significa que está olhando para uma pessoa morta. Então se escolhe um representante e ele é solicitado a se deitar no chão de costas em frente ao outro. Se um representante olha intensamente para uma direção, coloca-se alguém em frente a ele, para onde está olhando.

    Os movimentos dos representantes são bem lentos. Tão logo uma pessoa se movimente depressa, está sendo movido por uma intenção e não está mais em sintonia com os movimentos do espírito. Ele não está mais centrado e não é mais confiável, precisamos substituí-lo por um outro representante.

    Sobretudo o constelador precisa abster-se de suas intenções e interpretações. Ele também se deixa ser apanhado pelos movimentos do espírito. Isto é, ele só age, deixando ser movimentado claramente para um próximo passo ou para uma frase, que ele mesmo diz ou deixa que um representante a diga. Além disso, recebe continuamente através dos movimentos dos representantes indicações daquilo que está acontecendo dentro deles e para onde os seus movimentos conduzem ou devem conduzir.

    Por exemplo, quando um representante se afasta do representante de uma pessoa morta que está deitada à sua frente ou quer se virar, o constelador interfere, depois de um certo tempo e o conduz de volta. Contudo, não de uma forma que, ao seguir esse procedimento, o constelador deva deixar tudo ao critério dos movimentos dos representantes. Ele está, como eles, a serviço dos movimentos do espírito e os segue, muitas vezes irresistivelmente, quando interfere de uma determinada forma ou diz algo.

    No final para onde conduzem esses movimentos do espírito? Eles unem o que antes estava separado. São sempre movimentos do amor. Esses movimentos não precisam ser levados sempre até o fim. É o suficiente quando fica visível para onde conduzem. Por isso, essas constelações muitas vezes permanecem incompletas e abertas. É o suficiente que tenham entrado em movimento. Nós precisamos confiar que elas prosseguirão. Pois estes movimentos não mostram apenas algo, por exemplo, a solução para um determinado problema. Eles já são os movimentos de cura decisivos, e como a cura, precisam, via de regra, também o seu tempo. São o início de um movimento de cura.

    As constelações familiares em sintonia com os movimentos do espírito pressupõem que, sobretudo, o constelador permaneça em sintonia com esses movimentos. Isto é, que em primeiro lugar permaneça dedicado a todos com o mesmo amor, para além dos limites da diferenciação entre o bom e o mau. Ele só pode fazer isso, se tiver aprendido a prestar atenção aos movimentos do espírito dentro de si, de forma que percebe imediatamente quando se desviou do amor.

    Por exemplo, quando quer internamente atribuir a culpa a um acontecimento ou quando tem pena da pessoa por aquilo que ela precisa sofrer. Desvios desse amor vivenciamos conosco continuamente. Entretanto, nós seremos reconduzidos à sintonia com o seu movimento do amor por tudo aquilo, assim como é, depois que tivermos aprendido a prestar atenção aos movimentos da consciência espiritual e nos sujeitarmos à sua disciplina.

    A consciência pessoal

    Os limites mais estreitos contra o amor são traçados pela consciência pessoal. Pois as nossas diferenciações usuais entre o direito de pertencer ou a sua perda são determinadas e aprovadas por essa consciência. É evidente, que essa diferenciação tem um significado importante para a nossa sobrevivência, não podendo ser substituída por nada, dentro de determinados limites. Essa consciência coloca seus limites principalmente em relação às crianças.

    Para as crianças, a realização das formas de pensamento e comportamento exigidas por essa consciência é importante para a sua sobrevivência, inclusive a desconfiança em relação àqueles que seguem uma outra consciência pessoal, porque estão ligadas a um outro grupo, rejeitando-os e lutando contra eles.

    Essa consciência, como uma boa consciência, por um lado, possibilita e assegura a sobrevivência; por outro lado, a coloca em perigo logo que o nosso grupo entra em conflito com outros, estabelecendo disputas mortais com eles. Na consciência pessoal também reside a necessidade do equilíbrio. Essa necessidade é um movimento da consciência, pois temos uma boa consciência, quando devolvemos algo equivalente àqueles que nos deram algo, de forma que exista um equilíbrio entre o dar e o receber. Temos também a mesma boa consciência quando não podendo devolver algo equivalente, transmitimos a outros algo equivalente.

    Em conformidade com isso temos uma má consciência, quando recebemos sem dar algo equivalente ou quando fazemos exigências que não nos competem. Aqui também a consciência pessoal tem uma tarefa fundamental a serviço de nossas relações. Sim, essa necessidade é que torna isso possível. Essa necessidade também está a serviço de nossa sobrevivência, entretanto apenas dentro de determinados limites.

    Em sua função de equilíbrio, a consciência pessoal, de modo semelhante à sua função de nos ligar à nossa família, também serve tanto à vida e à sobrevivência, como também serve ao oposto, quando determinados limites forem transgredidos. Aqui leva também à morte.

    A consciência pessoal com referência ao vínculo, foi a separação de outros grupos que pode levar a conflitos graves, inclusive à guerra. Com referência à necessidade do equilíbrio, é a expansão dessa necessidade de equilíbrio quanto ao prejuízo e ofensa mútuos, chegando até à vingança mortal, por exemplo, a vingança pelo sangue.

    A necessidade de expiação segue a mesma direção, quando para expiar pelo sofrimento e prejuízo que causamos a outros, também nos infligimos um sofrimento, nos limitamos e nos prejudicamos. Nesse contexto pertence também a expiação substitutiva. Por exemplo, quando uma criança expia pelos pais, mas também quando a mãe ou o pai espera de uma criança que ela expie por eles. Por exemplo, quando fica doente ou morre no lugar deles, como podemos observar muitas vezes nas constelações familiares. Entretanto, isso acontece de forma inconsciente de ambos os lados, pois aqui a consciência coletiva também é importante.

    Contudo, sempre se trata de um equilíbrio, que se opõe à vida, que a prejudica ou até mesmo a sacrifica – de boa consciência ou com o sentimento de inocência. Ao que precisamos prestar atenção nas constelações familiares, para que fiquemos dentro dos limites da consciência pessoal que está a serviço da vida?

    Precisamos ter deixado para trás os limites da diferenciação entre o bom e o mau. Se nas constelações familiares permanecermos na esfera da consciência pessoal, por exemplo, quando junto com o cliente rejeitamos outros, estaremos a serviço da vida de uma forma limitada. Então, como essa consciência estaremos a serviço, por um lado, da vida e por outro, da morte.

    A consciência coletiva

    A que devemos prestar atenção nas constelações familiares em relação à consciência coletiva?

    Em primeiro lugar, que não excluamos ninguém nem em nossa nem na família do cliente e que procuremos na família dele e na nossa pelos excluídos, olhemos para eles com amor e os coloquemos, com amor, em nosso coração. Podemos fazer isso somente se tivermos deixado para trás a diferenciação entre o bom e o mau e se também colocarmos as nossas crianças não nascidas no nosso campo de visão, mesmo que isso seja difícil para nós.

    Aqui é necessário tanto a coragem como também a clareza. Em segundo lugar, que nós nos atenhamos à hierarquia. Isto é, que em primeiro lugar fiquemos conscientes de que através de nossa ajuda nos tornamos temporariamente um membro da família do cliente. Contudo, nós chegamos nessa família como o último e por isso temos o último lugar dentro dela.

    O que acontece, quando um ajudante se comporta como se tivesse o primeiro lugar, até ainda antes e acima dos pais do cliente? Ele fracassa. O cliente também fracassa, quando ele fere a hierarquia e o ajudante talvez até o apóie nisso. Por exemplo, quando junto com o cliente de uma ou outra forma se coloca contra os seus pais.

    A violação da hierarquia algumas vezes coloca a vida em perigo também. Por exemplo, quando o cliente assumiu algo pelos pais, o que não lhe competia, de acordo com a hierarquia. Então algumas vezes, diz para seus pais: “Eu, no lugar de vocês...”

    Também para o ajudante a violação contra a hierarquia pode ser perigoso. Por exemplo, quando ele se arroga assumir algo pelo cliente, algo que ele precisa carregar sozinho. Então se eleva acima do cliente, como talvez acima dos seus pais e como o ajudante tenha tentado fazer quando criança aos seus pais. Mas, principalmente, quando o ajudante se arroga, que poderia virar o destino de um cliente ou proteger o seu cliente.

    Somente dentro da hierarquia o ajudante permanece em sua força e o cliente encontra a solução que lhe é adequada, aqui em sentido duplo. Com referência à consciência coletiva só precisamos ficar dentro dos limites que ela nos coloca nas constelações familiares, pois esses limites são amplos e abertos.

    Conclusão

    Nas constelações familiares a consciência espiritual, através de seu amor por todos, nos conduz para além dos limites da consciência pessoal. Também nos protege para não desrespeitarmos os limites da consciência coletiva, pois ela está dedicada a todos da mesma forma. Ela presta especial atenção à hierarquia porque sabemos, quando seguimos os movimentos do espírito, que somos todos iguais e equivalentes, com todos no mesmo nível, embaixo.

    Nas constelações familiares espirituais permanecemos sempre no amor, sempre no amor total. Somente as constelações familiares espirituais estão sempre a serviço, em todos os lugares e unicamente a serviço da vida – e do amor – e da paz.

    Tradução de Tsuyuko Jinno-Spelter – Mar/Abr. 2007. Revisão: Wilma Costa G. Oliveira. Adaptado de acordo com o artigo enviado por Bert Hellinger dia 10/10/2007.

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